13 – Existencialismo
Metafísico, A Filosofia Última
De forma singela, nossa filosofia
metafísica menospreza e dilui a trindade física para ir além (meta) da física.
Forte nesta ideia, enquadramos a matemática, a lógica, a linguagem como
instrumentos metafísicos da inteligência, pois diluem a matéria-tempo-espaço.
Ao representar metafisicamente os fenômenos físicos e biológicos, podemos
avançar ou retroceder no tempo e em quaisquer lugares tais fenômenos. Em
essência, a linguagem e a matemática não funcionam linearmente no tempo-espaço
como a matéria. Elas são metafísicas e têm a base igualmente metafísica, a
mente.
O EM foi representado no diagrama de Venn
e pode distinguir 3 campos exclusivos e 4 interseções da linguagem, da
matemática e da física, totalizando 7 conjuntos diferenciados. Nos campos
exclusivos localizam os objetos e suas interações lógicas. Nas interseções
localizam 4 pareamentos entre objetos e as interações da linguagem, da
matemática e da física. Há um pareamento triplo das 3 áreas e outros 3
pareamentos duplos das 3 áreas dos objetos e suas interações.
No conjunto exclusivo da física, temos os
fenômenos físicos em si. Vale dizer, os fenômenos biológicos e físicos sem
observação, sem representação e, assim, desprovido de pareamento com a
linguagem e com a matemática. Fenômenos biofísicos representados por símbolos
(significante) são enquadrados no pareamento tripo, cujos significados são
enquadrados no pareamento da linguagem e da matemática. Os conjuntos exclusivos
da matemática e da linguagem contêm seus exclusivos objetos e suas interações
lógicas. Resta os pareamentos da física com a linguagem e a matemática. De um
lado, os objetos e suas interações da matemática pareiam com a física e doutro
lado, os objetos e suas interações da linguagem pareiam com a física.
Nesta cosmovisão, todos os conjuntos
(exclusivos ou as interseções) são sistemas com objetos e suas interações,
gerando um todo, enquanto a lógica é a dinâmica de funcionamento de todos os
sistemas e não um sistema em si. Dados os objetos da linguagem, matemática e da
física, a lógica promove as interações dinâmicas entre eles. Vale salientar que
para o EM, os objetos matemáticos e linguísticos existem em oposição a
tendência atual da filosofia da matemática menosprezar e/ou negar as suas
existências. A existência dos objetos matemáticos se junta aos valores lógicos
e universais da liberdade e igualdade. Para nós, a realidade é a vida
(existência) frente aos valores da liberdade e igualdade.
As searas metafísicas do conhecimento
estão igualmente em uma base metafísica, a mente. Logo, a vida também é metafísica. Todo
conhecimento e a vida tem base metafísica. Então, advogamos que somos apenas
mente, alma, espírito, consciência ou quaisquer outro nome metafísico que se
queira dar para o “eu”, uma inteligência. A realidade é vida (existência)
frente os cosmovalores liberdade e igualdade.
Nesta esteira, a natureza contem padrões
que nossas observações, através dos sentidos biofísicos, levam para nossa base
metafísica. A mente transformou estes padrões naturais em o que nós chamamos de
matemática. A vida, especialmente o homem, é reflexo da natureza, pois
igualmente adota padrões humanos para estudar padrões naturais e matemáticos.
De forma igual, a linguagem verbal também é padrões, como a matemática e a
natureza. Tentem vislumbrar esta ideia: usamos padrões linguísticos e
matemáticos para representar os padrões naturais. Os grandes físicos foram
chamados de gênios, pois suas inteligências perceberam padrões matemáticos na
natureza. Ora, se são inteligentes pois perceberam padrões matemáticos na
natureza, implica uma inteligência da Natureza, seja lá o que ela for. Ou seja,
implica uma teologia natural.
A linguagem e a matemática possibilitam o
acesso pleno ao conhecimento. Elas são um princípio inteligente, um sistema ou
encadeamento de sistemas com elementos em interações. Sistema é um todo,
composto de partes (conjunto de objetos) e suas interações. A dinâmica do
sistema é regulada pela lógica se-então. Em teoria dos sistemas, estes são
conjuntos de objetos, cuja a seleção destes objetos na entrada do sistema são
processados em interação lógica, tendo como saídas significados (linguagem),
resultados (matemática), conceitos (filosofia). A linguagem é usada para
representar e explicar todos os outros sistemas, especialmente a matemática.
Esta é um sistema composto de números, equações, pontos e linhas em interações.
Nossa filosofia também é um sistema. Os
objetos são as várias searas do conhecimento humano: mitologia, religião,
ciência, filosofia, matemática. Estes objetos tiveram entrada no nosso sistema
filosófico pelo embate físico x metafísico, foram processadas pela lógica
“se-então-senão”, cuja saída foi o Existencialismo Metafísico.
Usamos alguns métodos da lógica para
processar a verdade. Em teoria dos conjuntos e com base no diagrama de Venn, a
operação de intersecção pode representar a verdade quando vários conjuntos
(representando mitologia, teologia, ciência, filosofia e matemática) interagem,
estabelecendo um espaço em comum entre eles. O espaço comum convergiu a
metafísica, conforme demonstrado ao longo da obra. Fora do espaço comum,
ocorreu a divergência de sistemas diferenciados e físicos entre os conjuntos.
Assim, buscamos a intersecção entre os conhecimentos (mitologia, teologia,
ciência, filosofia) o qual resultou a metafísica e em nosso sistema filosófico.
Na lógica clássica, Aristóteles nos dá um
princípio lógico da não contradição. Uma proposição não pode ser verdadeira e
falsa ao mesmo tempo. A filosofia do direito abraçou este princípio e o usou na
investigação policial e judicial: frente a muitas provas, algumas
contraditórias, a verdade está no que não for contraditório. Durante as
investigações, muitas provas se contradizem e é preciso observação lógica
diante dos fatos. O direito visa
consistência e coerência em suas proposições. Nossa filosofia concentrou a
verdade da realidade metafisica na intersecção do conjunto de
conhecimentos.
Apesar do paradigma da física (a realidade
é algo no tempo-espaço), nossa filosofia defendeu uma base metafísica daquela
ciência. Ao defender que todo conhecimento, especialmente o científico, tem
base metafísica, nossa filosofia unifica todo conhecimento. Sabemos da
dificuldade de uma mudança de paradigma, principalmente porque as pessoas estão
enraizadas na matéria, mas buscamos a verdade e apresentamos um pensamento
alternativo e diferenciado. Nesta vibe, advogamos 6 premissas em nosso sistema
filosófico, o Existencialismo Metafísico:
1ª Premissa. A ciência dividiu a realidade
em sujeito e objeto e focou no objeto. Objetos de estudo e paradigma da física
são: matéria-tempo-espaço e a realidade é algo no tempo espaço. Isto fundamenta
e torna um paradigma científico para todas as ciências, por ser a física a mais
elementar das ciências;
2ª premissa. Objeto e paradigma da
metafísica com base no conceito da física servem para determinar a metafísica.
Meta significa além, metafísica significa além da matéria-tempo-espaço. Ou
seja, aquilo que elimina ou dilui a trindade física. Enquadramos a math, a
linguagem e a lógica como objetos de estudo da metafísica, pois diluem a
trindade física, a matéria-tempo-espaço. A math, a linguagem e a lógica não
interferem na trindade física. Todo conhecimento científico tem em comum a
utilização da trindade metafísica (matemática, linguagem e lógica). E estas
estão localizado na mente, igualmente metafísica. Ou seja, a ciência
fisicalista utiliza instrumentos metafísicos, localizados em algo metafísico,
para explicar algo físico. Isto é paradoxal. Toda ciência materialista é
paradoxal. A ciência, ainda apegada a matéria, não sabe dizer o que é mente e
nem pode acessá-la. Nós gostamos de chamá-la de inteligência, para diferenciar
da energia (matéria). A Natureza é toda matemática (ou no mínimo é parcialmente
math, pois é passível de análise por ela), o que implica em uma Inteligência Maior
e, em consequência, uma espécie de teologia. Vale dizer, o universo tem uma
base igualmente metafísica.
3ª premissa. Visão sistêmica de toda
realidade. Toda a realidade é sistema, objetos em interações. Nós somos
sistemas. O processo cognitivo humano (e de toda vida) contém uma memória
metafísica, um conjunto de vocabulário, conceitos, ideias, imagens em interações.
Dados vêm de fora, interage com nossa memória, são processados e têm como
saídas falas, escritas, registros na memória.
A Natureza é um Sistema Maior, um sistema último que conecta todos.
4ª premissa. As interações dos objetos são
processadas pela lógica se-então-senão. A causa e efeito é um princípio
universal. A causa é um ato de vontade e liberdade, como nos axiomas da lógica
e da matemática. O efeito é determinístico, como na igualdade da matemática. A
existência é uma rede infinita de conexões de causa e efeito.
5ª premissa. Os maiores valores do
direito, da matemática e da natureza são existência, liberdade e igualdade. A
existência interage com outras existências em um sistema, onde a liberdade
inicial da vontade determina o efeito da interação.
6ª premissa. Todo sistema tem a estrutura
monismo-dualismo-pluralismo. Como na álgebra moderna e na aritmética, elementos
de um conjunto (pluralismo) interagem em operações lógicas e binárias
(dualismo) rumo a um resultado específico (monismo).
Estas premissas são a generalização máxima
da existência, a Filosofia Última. EM desloca o foco do objeto da ciência para
o sujeito do conhecimento, da física para a metafísica, do paradigma da física
(matéria no tempo-espaço) para o paradigma de metafísica, inteligência fora do
tempo-espaço.
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